9/11/2016

Acorde.

Não o vejo há um tempo, desde o dia em que eu saí do teu apartamento com o tênis nas mãos e o coração nos pés. O dia em que pude te olhar pela última vez foi o mesmo dia em que te senti pela última vez.

Voltei pra casa ouvindo aquela música que você me mandou uma vez. Na época, estava tão encantada com a idealização que fiz de você que nunca percebi a mensagem por trás daquela canção. Quando o primeiro raio de sol saiu, eu já estava voltando pra casa. Você tinha ido dormir. E eu passei quarenta minutos em pé dentro daquele ônibus chorando, pensando em como eu fui estúpida.

Aquela música tocou há alguns minutos. Pela primeira vez, desde que estive encantada por ti, pude reparar nela com outros olhos. Era só uma música de adeus, eu achava que era uma declaração de amor.

Você partiu. Não sei o que tem feito. Não procuro mais saber. Houve um tempo em que eu ia atrás constantemente, te procurava em outros rostos e outros toques. Isto acabou. Quando acordei e me dei conta, eu estava acabada e cansada de um pseudo-amor que eu sentira e nunca me voltou da mesma forma. Então eu parti.

Ouço a música com uma profunda tristeza, me faz lembrar do quão tola eu fui ao acreditar em coisas que só existiram dentro da minha cabeça enquanto você continua sendo quem sempre foi, não se importando com mais ninguém além de si mesmo. Espero que você tenha mudado isso, mas dessa vez eu não vou ficar pra ver.

“Looking back I almost thought I heard you say
Stay you're not gonna leave me
This place is right where you need to be
And why your words gotta mean so much to them
When they mean nothing to me
So stay you're not what you're hearing
'Cos I've been watching you changing
And who said you're one in a million?
You're so much better than that.”

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