4/20/2011

Parecido com o final.

Não parece mais uma semana tirada para férias,parece mais que eu estou seguindo para a morte. Como caminhar no trampolim e se jogar a uma piscina infestada de tubarões famintos. Talvez seja só saudade,talvez eu esteja morrendo. Talvez eu morra. De certo,só sei que não volto. Nem pra essa vida vazia que eu costumava levar,nem pra você: dona do meu coração que jogou álcool e ateou fogo. Adeus eu,adeus você.

Sai de férias. Alguma coisa parecido com um "nunca mais eu volto."

4/06/2011

Blues e ela.

Sabe quando você brinca com uma pluma e a lança ao vento e quando estar para cair você a segura e repete o ciclo? Me sinto assim em relação a você,não é que eu brinque com você,e que quando você estiver para cair eu farei o mesmo contigo. Sabe aquele entrelaçamento de dedos,encostamento de cabeça no ombro e uma viagem de vinte minutos quase sem diálogos? Sabe? São esses minutos que me dão você,que me revelam mesmo que eu não lhe diga nada,são nesses poucos minutos cronometrados que eu me sinto inteiramente tua. Acho que acredito quando gosta de mim porque do contrário já teria me deixado partir,e quando eu penso que estás para ir embora e me abandonar no meio daquela multidão de pessoas que me olham,me recriminam mas não me dizem nada,você volta e me sorrir um sorriso sincero e uma porção de palavras que vagam em sua mente mas que não tem coragem alguma de me dizer. Tive que ser forte,tive que relutar contra isso mas não deu e então fui forte por nós,fui forte por você e te dei coragem pra falar sobre seus sentimentos e mesmo que eu não diga nada sobre os meus se cuida por que te gosto muito.

Nas manhãs ensolaradas ou nos dias nublados,te quero. Te quero por que te sinto mais viva em mim do que em qualquer outro lugar ou do que em qualquer outro corpo de um outro alguém. Eu não mando rosas,eu não falo sobre amor e poucas vezes me vê sorrindo ao teu lado,mas na minha mente a gente já se casou umas duas vezes. Olha,te guardo em mim principalmente por que você me completa,por que quando estou com você sei quem sou e mesmo que eu seja tola o suficiente para o resto,pra você eu ainda sou amor. E perceba,se te abraço sem motivo ou se ando de mãos dadas com você ou se beijo teu pescoço quando não espera,perceba: sou eu te mostrando o quanto eu tenho você em mim. Queria,de verdade,falar-te coisas bonitas,coisas das quais você se orgulhasse em repassar para teus amigos,mas não digo por que espero que um dia me lembre como a pessoa mais calada que já conhecera e mesmo assim,a pessoa que te fez abrir o coração e deixar os sentimentos bons invadirem novamente.

Lhe prometi escrever cartas,textos,frases mas não consigo. Não é isso,na verdade. Eu escrevo sobre você,a todo instante,a todo momento unico que passo com você,mas está tudo guardado em minha mente pra que ninguém perceba o quanto eu me sinto vunéravel e frágil quando estou com você. Na escravaninha,na gaveta,no caderno,em qualquer página em branco que fito,eu rabisco sobre tantas coisas mas no fundo todas elas me trazem ao seus braços e me retêm,me tomam o peito pois eu não sei se é real ou ilusão tudo isso que vivemos até aqui,então me diz: é infinito? Por que hoje em dia nada é pra sempre e nos sabemos disso como ninguém,mas quero que condene o nosso amor a ser infinito,a ter um timbre diferente quanto falarmos nossos nomes,a ter um ar diferente quanto estivermos na presença uma da outra,a ter aquele arco-íris que só os loucos enxergam,o arco-íris que só nós enxergamos.

Menina,você é tão doce e frágil mesmo querendo parecer furiosa e plantada,segura de si e todas as coisas que uma garota sofrida tenta ser,mas você só parece e eu vejo,no fundo,o quanto precisa de amor,o quanto precisa de mim,o quanto precisa de um abraço quando o dia estiver ensolarado ou de um piscar de olhos quando estivermos no inverno. Te conheço bem mas você nem sabe,com todas essas nossas conversas de bocas fechadas,de silêncio,de suspiros duradouros e de todo o entrelaçar de dedos,o afagar das mãos,o abraço reprimido para que terceiros não notem o amor que nos rodeia,descobri quem você é e só assim comecei a me descobrir um pouco mais,descobri coisas e sentimentos em mim que eu jamais imaginaria que existia,e existe,sabia? Existe um coração aqui dentro que há tempos não batia e você chegou com esse seu cheiro próprio,com os cabelos mais suaves,com os sorrisos matinais mais interessantes e despertou em mim a mais nova sensação do querer,do além,do quase amor,despertou aquilo que eu não sei se vai terminar e nem sei como começou,mas despertou da maneira mais cuidadosa possivél.

E sobre nós,como ficamos em meio a multidão que não podem saber o que somos? E afinal,o que somos? Somos o que restou de corações partidos,de relacionamentos incertos,de sensações nada duradouras. Somos aquilo que ninguém entende,o que ninguém aceita,o que todos reprovam,o que ninguém acredita,mas ainda sim temos uma a outra e nós acreditamos no que há de vir. Há de vir amor,mais amor,sabe? Desses amores que só os poetas conhecem,desses amores que passam-se anos e a gente não esquece,desses amores que eu quero levar a eternidade pra não esquecer nem um milésimo de segundos que eu passar ao teu lado. E como ficamos,eu te digo: ficamos uma sendo da outra,com o coração,com o silêncio,com o afagar das mãos e o entrelaçar dos dedos,com esses suspiros pronlogados que parecem ser uma conversa,com esse sorrisos tímidos que lançamos no meio da multidão,com os olhos brilhando e com o amor reinando em cada célula do nosso corpo. E que nada se apague,e que dure,que perdure,que demore a passar e se passar,que deixe marcas pra que possamos lembrar quem fomos uma na vida da outra,mas independente do que aconteça amanhã,que seja infinito. Que seja brilhante,que seja como toda vez que o sol nasce: quase ninguém vê,mas é tão belo.

Te tenho como a menina que roubou meu coração e de tantas coisas que já escrevi sobre você nos meus pensamentos posso te falar que tomou não só meu coração mas levou tudo que me restava e estás tão perto de roubar minha alma. É profundo demais pra quem não conhece,eu sei,e quando terminares de ler pensaras o quanto é importante pra mim e sim,moça,és muito importante pra mim,mais do que eu pensava em ser,mais do que fosse necessário ser,mas não me atropelo e não ligo,deixo a cama pronta e o coração aberto pra quando você vier. Ligue,mande uma carta,estou aceitando qualquer coisa que contenha sua letra,seus lábios ou o seu coração pra me falar o que sente,e se não sente não minta,diga também porque só então poderei sentir pena de mim,enquanto isso vou sentindo essa paixão inenarrável por ti.

4/04/2011

A falta da onomatopéia.

Minhas palavras arranham minha garganta que de tanto tentar dizer alguma coisa bonita para ti,secou. E agora,essa secura inconstante,as palavras na minha mente e eu aqui tentando não atrapalha-las quando te digo alguma coisa. E o que te digo? Há tanto pra falar-te e você sorri de lado,entrelaça os dedos,põe os meus cabelos desarrumados para trás da orelha e inventa uma conversa sobre o tempo e eu perco o chão,de novo. Eu perco o fôlego,fico fatigada,as mãos soam e você me pergunta o que há de errado. Te engano,sorrio e não te conto. Mesmo que as palavras vaguem pela minha mente,desçam para meu coração e se embrulhe no meu estômago que está prestes a subir para a garganta e expusa-lo dali,não digo. Engulo as palavras com remorso,com a dor no coração,com a aceleração acima da média,com o pulsar mais forte do que o de costume e embora eu faça isso todas as vezes,escrevo pra ti depois em um cardeninho que fica na última gaveta da minha escrivaninha e mantenho trancado para que nenhum outro ser humano além de mim - E como eu queria dizer "você" - possa saber do quão forte e inoperante você me deixa no mesmo instante,então é só assim que consigo dizer que te amo,que te guardo muito bem,que quando entrelaça as mãos e joga esse sorriso de lado pra cima de mim me sinto segura. Não há outra pessoa no mundo que escreva tanto sobre seus detalhes como eu,passo horas assim e muitas vezes me arrisco a ir além: te desenho no meu corpo para que cada célula,molécula e todos os meus cinco sentidos saibam que você vive em mim mesmo que não queira. O desenho passa,te gravo em mim com aquelas canetas coloridas e muitas vez são apenas frases espalhadas pelo corpo,quase nunca te desenho por que tenho medo. Tenho medo de desenhar e o passar do tempo te apagar e acontecer isso de verdade,tenho tanto medo disso acontecer que evito qualquer possibilidade de um dia pensar em perder a sua companhia,o teu sorriso torto,o teu entrelaçar de dedos. E como disse,repito: te guardo mais em na minha mente do que com o meu coração porque,poucos sabem,mas sentimos é com o cerébro e o coração apenas sofre as conseqüências do que o nosso cerébro "escolhe". E um dia prometo falar-te sobre as coisas que te escrevo quase sempre e sobre todos os vicíos que tenho adquirido devido a muito tempo com você e pouco tempo de conversação e não,não digo que uma relação seja a base de conversas porque não sou dessas que acha isso. Pra mim,vai além. É química,é olhar,é o entrelaçar dos dedos que só você consegue,é o cheiro matinal,é a vontade de ficar perto,é o sorriso torto,é o beijo na ponta do nariz,é o colocar dos cabelos atrás da minha orelha. E prometo mais,prometo que minha garganta não arranhará quando se prontificar a perguntar sobre meus sentimentos por você,aqueles que eu zelo tanto nas cartas de amor que te entrego mensalmente e quase nunca falo sobre o mesmo. Te prometo,te prometo mas me prometa que quando eu acabar você não vai apenas mudar de assunto e deixar seu barco virar para um lado e o meu descer cascata a baixo.

Sabe quando blá?

E quando a princesa cansar de esperar? E quando o príncipe se decidir não ir salva-la? E quando o cavalo não aguentar mais correr até a torre que fica do outro lado do mundo? E quando o conto de fadas acabar? E quando a fada madrinha não puder fazer mais nada? E quando eu acordar,em quem vou pensar? Você se foi como março passou por mim e eu nem percebi,daqui a pouco abril passa também e eu não sinto cheiro de nada novo pintando no ar. Você se foi. Tem noção do quanto eu ainda não consigo acreditar? E a perda de chão,entende? Entende que eu ainda estou nadando contra o mar aberto e que se eu parar de nadar eu morro afogada nas minhas próprias lembranças? Por isso eu nado,eu corro,eu bato os pés,eu reviro a cabeça e me ponho a sorrir por que se não for assim,moço,eu não vivo mais. E eu quero viver,independente de você ser o meu amor dilacerado e ter partido antes da meia-noite. Eu te quis por perto mas nem ao alcance do celular eu consegui chegar. Chorar não resolve mais,chorar enquanto nado nesse mar revoltante tampouco resolve. Chorar cansa,sofrer cansa,correr atrás cansa. Eu canso de mim,o que dirá das pessoas? O que dirá de você? Eu canso,também. Não há mais fada madrinha ou conto de fadas que possam me fazer acreditar que o príncipe encantado há de voltar porque esse daí fugiu com a bruxa malvada levando o cavalo branco e nem se quer teve forças suficiente para chegar próximo ao castelo. E o mar? Eu continuo nadando,atravessando as emoções e convivendo com outras,me rebato todos os dia e me renovo,também. Nada melhor que uma xícara de chá,não é,Alice?