Abro os olhos e a sala gira
Fecho os olhos e o mal estar se inicia
Abro os olhos e a cabeça lateja
Fecho os olhos e a ânsia se instala.
Procuro por água
A boca seca indaga
Forço a memória até o último momento
Dez cervejas atrás, é tudo que lembro.
Levanto e checo minha palidez refletida
Cabelo desgrenhado anuncia
A noite foi boa
Mas o tormento vai ser o resto do dia.
Mato a sede em um gole
O enjoo contamina
Pílulas não surtem efeito
Jaz vontade de vida.
Deito-me outra vez
A dor parece vazia
Adormeço num súbito
E assim recomeço todo incômodo.
Acordo fazendo promessas ao vento
Coisa de quem se arrepende por um instante ou menos
Sabendo que amanhã tudo se reinicia
E a ressaca será, outra vez, minha companhia.
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