5/24/2016

Labuta.

Me canso fácil das coisas - e das pessoas. É preciso muita habilidade emocional pra lidar comigo. Tudo é muito bonito pra mim, nos primeiros trinta segundos. E depois passa, fica normal e eu volto ao meu torpor diário.

Confesso que não é nada fácil lidar comigo. Tenho esse probabilidade de me entendiar com a coisa mais legal que existe e com a pessoa mais interessante que já conheci. E nada disso é culpa de ninguém, além de ser minha.

Quase sempre estou desligada interiormente, de modo que nada me anima ou me entristece. Só continuo seguindo o fluxo do que já está predisposto a acontecer. A corrente me leva rio a baixo e eu não me importo.

Mas há um momento, um pequeno momento dentro do tormento, que algo me faz ascender e acender. Transcender. Há um momento em que eu abro os olhos e eu quero enxergar o que está a minha frente. Há esse pequeno momento lúcido da vida em que eu sinto o sol brilhar sob mim e me sinto inteira, completa.

Esse pequeno momento é tão raro, mas justo. Eu não saberia viver dentro da utopia funcional do qual a humanidade parece viver. Ser feliz o tempo todo me parece frustrante. Gosto muito da minha solidão para sentir essa euforia o tempo inteiro.

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