5/21/2016

Eu teria te amado, se você deixasse.

Sempre penso em como teriam sido as coisas se você tivesse me dado abertura para entrar na sua vida. Sempre penso em como, talvez, poderíamos estar deitados agora, as três e pouco da manhã de uma sexta-feira fria, no chão, falando sobre coisas aleatórias da vida ou não falando. Eu me contentaria de estar, neste momento, olhando teus olhos castanhos.

Sempre tento lembrar qual parte eu pulei, qual o erro que cometi, qual a sentença que esqueci. Sempre volto aos dias em que você ainda estava por perto - mesmo que longe - e não consigo entender como eu não consegui chegar até você. E isso me machuca porque pensar no que poderia ter sido corrói minhas veias.

Gosto de pensar, vez ou outra, no que teríamos sido um para o outro, que tipo de romance findaríamos para a eternidade, que tipo de cicatrizes possivelmente teríamos deixado na alma um do outro. Por outro lado, penso sempre que poderíamos estar juntos. Ainda ouço sua voz rouca e grave ecoando em minha mente toda vez que penso em você.

E apesar de nunca termos tido absolutamente nada, nem um tipo de conexão - além daquela que criei dentro da minha mente -, sinto uma profunda ternura por você. Um tipo de carinho tão imenso que me dói saber que você, outra vez, está com o coração partido. Algo que eu, em plena consciência, jamais faria. Me rasgaria a alma se algum dia eu tivesse a capacidade de te machucar. 

"(...) Acho que tem seu lado bom e rolam estresses, como tudo na vida. É uma delícia estar apaixonado, amar uma pessoa... rola confrontos, ciúmes, mas é gostoso ter alguém com quem sorrir, chorar e compartilhar. Só que, mais uma vez, como tudo na vida, relações são efêmeras, e a ferida que fica não é algo que fecha. A cicatriz em mim dói de uma forma que não vale a pena."


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