2/10/2015

O amor é a nova cólera do século.

Estamos desperdiçando um tempo precioso no mundo. Isso tudo porque alguém nos disse, algum dia, que o amor é prejudicial à saúde e sanidade. Tolos foram aqueles que ouviram e acreditaram no que ouviam. O amor, em minha humilde opinião, é capaz de desfazer guerras e curar câncer. Estão todos ocupados com o insignificante tempo, com o dinheiro que vem e vai sem que possamos parar para conta-lo, com os deveres e afazeres eternos. Nunca nos sobra tempo para sentir de verdade. Quando sentimos, estamos no meio de tanta confusão que acabamos por não entender o que, de fato, estamos sentindo. O amor é uma revolução que ninguém está pronto para deter ou enfrentar. Talvez, para alguns, o amor seja a nova cólera do século. Ou, talvez, uma doença que se espalha pelo ar, sem cura e mortal. Não estamos preparados para sentir todo o peso do amor e é por isso que o ignoramos completamente. Pesado, amargo, de uma delicadeza tão pura que chega a irritar todos os nervos do nosso corpo. Se o amor é a nova doença que se alastra, porque não deixa-lo tomar conta? Talvez o amor nos mate. Talvez o amor nos dê a vida. O amor é a única coisa pela qual conseguimos atravessar os dias e anos sem desistir. Sempre haverá alguém no fim da corda, no fim da linha, do outro lado do muro ou do mundo. Sempre haverá alguém que te trará a cólera do século. Quando chegar, não vai entender. Quando se instalar, não vai resistir. Quando permanecer, desejará que tivesse acontecido há tempos. Guarde o medo no bolso, ponha sua alma pra fora e mantenha o coração em mãos. Respire! Talvez na próxima respiração profunda você seja atingido pela doença do século. Talvez isso te salve a vida. 

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