1/09/2013

"A tempestade que chega é da cor dos teus olhos castanhos"


Mas, se fosse possível, eu queria te fazer entender sobre tudo que carrego no meu peito. Eu queria te contar sobre como sempre parece primavera quando você aparece e como todo o resto, dentro de mim, parece florido. 

Queria te mostrar como pode ser bonito as estrelas pegando o oeste da cidade, onde nada funciona, onde ninguém se habilita ir, onde poderia ser apenas nós dois por algum tempo. 

Eu queria, mesmo, que você ligasse o rádio um dia e aquela musica que você lembra de mim tocasse e você decidisse me ligar nem que fosse pra me dar um boa noite. 

Eu posso te dizer o quão bonito é a cidade inteira iluminada apenas pela lua mas não adiantaria, ela continuaria sendo a mesma cidade sem graça se não fosse você ao lado para iluminar não só o meu ponto de vista sob a cidade mas o meu coração, também. 

Eu posso te falar sobre como é sempre primavera no meu coração, como tudo aqui é florido e vibra quando você surge. Eu posso, também, te contar que se o amor fosse descrito em cores, eu o descreveria da mesma cor dos seus olhos castanho escuro. 

Eu posso te levar para o oeste, onde nada existe e ninguém se habilita ir, seria o nosso lugar de fuga e, quem sabe, o nosso plano de fuga. Eu posso sorrir pra você sem pensar nas consequências do que aquilo pode vir a ser futuramente. Eu posso ama-lo de todo o meu coração sem medo de que um dia você quebre os meus planos, sonhos ou coração. Estou pronta pra te falar sobre tudo isso. 

Mas por enquanto você iluminar o modo como eu vejo as coisas mais bonitas por ter você ao lado me parece mais certo do que qualquer palavra, do que qualquer declaração. É sobre pupilas dilatadas e corações acelerados, não sobre palavras e sons efusivos. É sobre o amor e a sua maneira mais bonita de ser interpretada. 

É sobre o castanho escuro dos seus olhos. 

Título sobre o texto: é um trecho da música de Renato Russo (Legião Urbana), Tempos Perdidos e não meu.

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