10/10/2011

Enlou-crescendo.

A vida tem feito de mim homem louco e sombrio, desses que tem medo de se aproximar de qualquer pessoa ou objeto por medo de quebra-lo. Essa loucura, que no momento tenho achado muito normal, chama-se amor. Amo alguém que habita meu coração, pensamento, artérias, pulsação e todos os grandes e pequenos lugares que tenho dentro de mim. Sinto poesias ao invés de lê-las ou escreve-las, ouço cores ao invés de pinta-las ou admira-las, e o mais contraditório de tudo isso é que amo sem saber porque amo. Amo os pequenos detalhes, as pequenas e longas conversas, o breve silêncio que perdura em um beijo longo.
Apesar dessa loucura em que me meti nesse momento, ando sombrio. Tenho estado em outra dimensão quando não estou junto a tua alma para dar as mãos as minhas, tendo a me perder em lugares conhecidos por manter você em foco na minha mente. Quando me encontro rindo e achando graça da vida sem você ao lado, volto a enlouquecer e a culpa me toma pelas mãos e baila comigo até o momento da sua chegada. Acho que enlouqueci aos poucos, precisaram-se anos para me tornar um completo lunático por ti, mas não tenho do que reclamar pois a paz que hoje você me trás outro alguém jamais foi capaz de trazer.
Associo essa minha estupidez de viver por e para você aos males que já causei a todo ser humano nessa vida. Embora, esteja louco de amor e sombrio quando vejo você virar a esquina da rua, da minha mente e do meu coração, acredito que nunca sofri uma loucura tão equilibrada, tão ingênua, tão madura quanto a que sofro. Nunca senti um assombramento tão cheio de paz, tão cheio de flores e cores e tons novos. Que bom que você chegou e findou a minha paz, que bom que me assombrou. Que bom que me fez enlouquecer pela primeira vez, criatura.

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