4/04/2011

Sabe quando blá?

E quando a princesa cansar de esperar? E quando o príncipe se decidir não ir salva-la? E quando o cavalo não aguentar mais correr até a torre que fica do outro lado do mundo? E quando o conto de fadas acabar? E quando a fada madrinha não puder fazer mais nada? E quando eu acordar,em quem vou pensar? Você se foi como março passou por mim e eu nem percebi,daqui a pouco abril passa também e eu não sinto cheiro de nada novo pintando no ar. Você se foi. Tem noção do quanto eu ainda não consigo acreditar? E a perda de chão,entende? Entende que eu ainda estou nadando contra o mar aberto e que se eu parar de nadar eu morro afogada nas minhas próprias lembranças? Por isso eu nado,eu corro,eu bato os pés,eu reviro a cabeça e me ponho a sorrir por que se não for assim,moço,eu não vivo mais. E eu quero viver,independente de você ser o meu amor dilacerado e ter partido antes da meia-noite. Eu te quis por perto mas nem ao alcance do celular eu consegui chegar. Chorar não resolve mais,chorar enquanto nado nesse mar revoltante tampouco resolve. Chorar cansa,sofrer cansa,correr atrás cansa. Eu canso de mim,o que dirá das pessoas? O que dirá de você? Eu canso,também. Não há mais fada madrinha ou conto de fadas que possam me fazer acreditar que o príncipe encantado há de voltar porque esse daí fugiu com a bruxa malvada levando o cavalo branco e nem se quer teve forças suficiente para chegar próximo ao castelo. E o mar? Eu continuo nadando,atravessando as emoções e convivendo com outras,me rebato todos os dia e me renovo,também. Nada melhor que uma xícara de chá,não é,Alice?

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