9/05/2010

"No tempo da minha infância nossa vida era normal." (Ismael Gaião)

Algo me tomou o peito e naquele momento me passou pela minha cabeça as imagens de quando eu tinha os meus oito anos. Senti um frio na barriga tão gostoso,como se você estivesse indo entrar pela primeira vez em uma montanha-russa. Lembrei do que me era importante e das minhas prioridades naquele tempo: Ser feliz e brincar,até o mundo acabar. Queria ter essa prioridade ainda. Não gosto de crescer,odeio o fato que perco minha inôcencia a cada dia que passa. Odeio descobrir o mundo dos adultos. Pra mim,eu poderia morrer quando começasse a tal da puberdade,ou poderia ser seqüestrada pelo Peter Pan e nunca mais sair da Terra do Nunca. Seria tão bom perder meu tempo com coisas que realmente me importam e não com tanta futilidade. Gostava do tempo em que eu nem penteava o cabelo e ia pra rua e ninguém nem se quer comentava nada por que todo mundo estava desse mesmo jeito. Lembro do meu primeiro celular que ganhei aos nove anos,por algum acaso eu nunca falei com alguém através daquele telefone.
E os amigos?Ah,os bons e velhos amigos. Hoje em dia tão crescidos e esquecidos de como era bom ser feliz. Alguns são pais,outros estão na faculdade,outros casaram-se,alguns perderam-se no meio do caminho e alguns,e poucos,ainda mantém contato. Acho que esses são os verdadeiros,os que ainda têm alma de criança. Na verdade,todo mundo têm em si a alma de uma criança,o problema é que a alma do adulto vai se aprimorando a cada tempo que você vai crescendo. Futuro?Que nada! Quero mesmo é reviver todo o meu passado,com os dias morninhos,tardes quentinhas e noites frias nas quais eu me perdia em vielas e ruas desconhecidas brincando de esconde-esconde.

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