10/28/2012

Desatando nós.


Sei pouquíssimo sobre a vida, muito menos sobre o amor, mas creio que minhas tentativas de entender não tendem a ser todas em vão pois quando menos se espera aparece uma fresta de luz no abismo onde estamos caídos. Amor, além de um dos sentimentos mais bonitos, é o sentimento mais complicado de se tentar entender, tende a ser infinito mas pode acabar semana que vem, pode ser complexo e desigual e durar décadas, quem sabe, vidas. O amor é isso: não espera que fiquemos prontos para a aceitação, não quer saber sobre seu caráter ou seu extrato no banco, tudo que o amor quer é se apoderar de almas perdidas e fazê-las revigorar-se. Ao decorrer do tempo a gente vai entendendo que o amor é a menor das complicações entre dois indivíduos, passamos a ver que a culpa real para que todos os amores não-bem-sucedidos foram aqueles indivíduos com toda sua arrogância, orgulho, ironias e ciúmes. É a falta do diálogo e os desvios de olhares, é aqueles perdão não pedido e aquele afago não feito, é o choro engasgado e as brigas conturbadas. O amor não tem culpa de nada, gosta de igual para igual, não difere ninguém do outro, tudo que o amor faz é juntar duas almas e corpos numa tentativa de que elas unifiquem-se na Terra. O amor não quer muito das pessoas, só que elas sintam, que amem, que aceitem o oposto, as crises, as brigas, o mau humor. O amor só quer que um dos dois sejam capazes de dar o braço a torcer, de pedir perdão, de tolerar as fases ruins, porque o amor sabe quanta tristeza ele carrega junto a si mas também tem a ciência da cura que ele pode dar aos corações piedosos e sinceros.

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