Não quero ser mais uma Madre Tereza de Calcutá, não quero
ser Deus e morrer numa cruz para pagar os pecados de toda humanidade, tenho
pago pelos meus pecados em vida e isso, acredite se quiser, tem sido muito mais
doloroso do que morrer pelos erros dos outros. Dizem que nossos erros nos
fazem, que são ele a cura e o veneno de todo bem e mal que aqui reina, que eles
são cometidos para que possamos aprender com eles e não repetir mais o erro. A
verdade é que não aprendemos isso em escolas, em livros ou em jornais,
aprendemos isso no nosso dia-a-dia, aprendemos isso caindo e levantando do chão
diversas vezes. A outra verdade é que além de não sermos preparados para errar
e pagar a conseqüência dos erros, tendemos a errar cada vez mais, alguns com a desculpa
de que com o erro aprendemos lições, outros com a desculpa de que foi a última
vez. Nunca saberemos, de fato, quantos erros ainda cometeremos, sabemos que
ainda serão muitos mas mentalizamos para que isso não ocorra. Mentalizamos,
inclusive, que não podemos errar com quem mais nos ama e com nós mesmos. Às
vezes, passamos a nos torturar por um erro que não precisava de tanta atenção,
que não precisava de tantas lágrimas e sofrimento e quando a lastima passa a
gente percebe que o erro maior foi dar tanta importância a alguém que nunca
tentou, ao menos, compreender a situação, por mais difícil que fosse. Sabe
aquela história do “juntos até o final”? A história acaba assim que você comete
seu primeiro erro. E, apesar de tudo, quero deixar bem claro para o resto:
poucas são as vitórias que ficam, o que entra mesmo pra história são os erros e
os julgamentos que cada qual apresenta diante daquela situação. E no fim das
contas você ainda se pergunta: vale a pena mesmo se martirizar por um erro do
qual todos ao seu redor já o cometeram?
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