1/06/2012

O doce espinho da mais linda rosa.

A verdade é que sou uma mulher que não gosta de flores. Nunca gostei de receber ou dar flores por um motivo lógico: elas morrem. Quando alguém me presenteá com flores, pra mim, é uma forma de dizer que logo menos tudo que há entre nós morrerá. É horrível essa ideia de achar que algo bonito e sofisticado como uma flor pode matar os sentimentos de alguém ao longo do tempo, mas sempre a observei assim. Embora não gostasse de flores, aliás, de receber flores, gosto muito de admira-las, não sei ao certo o motivo mas acho que as flores falam por si só, elas tem muito a dizer e ninguém para ouvi-las, acho que é por isso que gosto de analisa-las. De todas as flores sempre uma me chamou mais atenção: as rosas. Independente de cor ou tamanho, as rosas tem um ar de superioridade em relação as outras. As rosas são lindas, são cheirosas e geralmente vermelhas. Que tipo de mulher, além de mim, não gostaria de receber uma dessas? Poderia ser só uma, a gente sabe que só uma rosa faz toda a diferença para certas mulheres. Mas, assim como o mundo, as rosas também tem seu lado obscuro: elas são feitas para serem cultivadas e admiradas, apenas isso, mas os humanos criaram uma tendência horrível em corta-las, em separa-las de seu ramo, é por isso que rosas têm espinhos, numa tentativa absurda de se defender sozinha, mas como algo que não fala e não escuta pode tentar se defender? Esse é mais um motivo pelo qual aprecio as rosas: são iguaizinhas a mim. Elas gostam de ser regadas, expostas ao sol, mas não gostam de serem retiradas do seu lugar de origem e quando são fazem de tudo para ferir que as retirou e quando não há mais chances para as rosas, elas apenas morrem. Assim como eu.

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