7/10/2011

Gira-mundo. Gira-em-torno-de-você.

Mais um domingo frio. Mais um dia sem você ao meu lado.
Gostava mais de mim quando não gostava de ninguém. Ai tu me (re)aparece e me faz ficar perdida nas tuas curvas, nos teus lábios, no teu sorriso, nos teus sinais, na tua tatuagem que lhe cobre as costas. E eu já estava perdida antes de você (re)aparecer. Tua chegada só fez eu me perder um pouco mais. E olha, te juro: se eu sofrer mais uma desilusão viro freira, puta ou lésbica. Não aguento mais essas dores no coração, na cabeça e no estômago por conta de um babaca que nunca sabe pegar a porra do sentimento, bater no liquidificador e me serve uma porção numa xícara italiana.
Geralmente eu confundo amor com café. Ou com cigarros. Sempre acho que estão interligados. Textos também. É isso mesmo. Escrever, tomar um café, fumar um cigarro e amar são coisas velhas. Eu adoro coisas velhas. Me sinto cult pondo isso em prática. Mas eu gosto, de verdade. Não porque é moda ou porque tu gosta, também. Eu sempre gostei antes mesmo de tu entrar na minha vida e isso faz um tempão, moço.
Então era isso aí: eu era legal, eu era cult, eu era até bonitinha e inteligente comparada as moças da minha idade mas isso não te importava. Não estavas nem aí.
Não ligava depois que chegava em casa após ter me deixado na minha. Não ligava pra fingir saudade. Não fingia ciumes. Era carinhoso e romântico quando ninguém estava por perto mas não era do tipo que se declarava. Nunca falamos sobre amor. Eu não dou o braço a torcer e ele não sente nada além de prazer comigo.
Me pergunto que diabos eu tenho na cabeça pra continuar com essa coisa sem nome que eu me pus a viver ao teu lado. Não sei, nem sei se tu também sabe. Só sei que no momento é bom. Bom mesmo,sabe? Bom pra caralho. Mas é só tu dobrar a esquina levando teu cheiro e tuas digitais pra longe de mim que eu começo a pensar no quanto eu sou tola, estúpida e como é que eu me apaixonei por alguém sem tão coração como você.
Sei não, acho que nós, mulheres, temos esse eterno defeito de se deixar levar pelo momento e morrer de culpa a noite quando põe o pijama e se põe a dormir. É tão clichê que é da mesma forma sempre e ninguém percebe. Só não é a mesma dor. Nunca é. A dor de cada um é a dor de cada um. Não tem isso de que eu sofri mais que você. Tem não, meu caro. Dor é dor, não importa.
Me fale sobre a sua dor quando você começar a sangrar, enquanto isso continue vivendo como eu estou fazendo. Se não houver sangue derramado na sua alma, você ainda nem começou a sofrer.

Nenhum comentário: