3/14/2012

Saudade.

Sabe do que eu mais sinto saudade quando eu olho para o meu passado? Do seu sorriso matinal, do quarto bagunçando, do café da manhã já na hora do almoço, do bom dia abafado pelo travesseiro. Eu sempre fui uma pessoa que preservei muito a minha liberdade mas depois que te conheci nessa vida – sim, eu presumo que nós nos conhecemos em vidas passadas – deixei de acreditar que existia realmente a liberdade sem a paz e a guerra do amor. Com você ao meu lado eu aprendi que não adianta ter liberdade quando não se tem amor, é preciso conciliar ambos, torna-los iguais, numa mesma medida. Aprendi, ao seu lado, que a vida era capaz de me libertar enquanto eu amava, por mais que isso antigamente parecesse impossível pra mim. Eu achava que quando eu entrava em um relacionamento eu perdia minha liberdade e por pensar assim nunca tive um relacionamento que ultrapasse os dois longos meses, mas aí você veio e me mostrou que antes de precisar da liberdade eu preciso precisar do amor, do seu amor. E eu precisei tanto desse amor que tornou-se um vicio para mim. Eu não sabia mais respirar longe do ar que você respirava, eu não conseguia passar meus dias sem que você estivesse nele, eu não conseguia mais dar um passo nesse amplo espaço sem que você estivesse acompanhando meus movimentos. E, nossa, como eu sinto saudade da maneira que você me olhava carinhosamente, do modo como você ria quando eu, atrapalhada que sou, caia sem graça no chão. Eu sinto falta das estações, dos livros, dos parques, no mais eu sinto falta de tudo aquilo que pudesse me teletransportar em mente para o seu lado. Agora, eu olho para trás e não vejo mais o mundo vazio, não vejo mais aprisionamento, e eu só tenho a agradece-lo por ter me ensinado coisas que nem a vida me ensinou. Eu agradeço, apenas, por tê-lo conhecido, por ter entrado em minha vida, por ser, pra mim, a minha outra metade. Mas, mesmo assim, mesmo ao longo de todo esse tempo, mesmo continuando em frente, ainda sim eu sinto sua falta. Todos os dias!

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