2/15/2012

Aos navegantes, todo o mar.

Um pequeno-grande aviso aos tripulantes desse navio: amar não dói nem um pouquinho, aquilo que dói, machuca e às vezes fere a alma é o amor que você não dar, é o amor que você não receber, é o contato que você não teve. Olha, o mar - ou o amor - é grande suficiente pra caber todos os navegantes e se em algum momento observar que o navio tá quebrado não pense duas vezes e ponha-se a nadar. Nada disso de nadar, nadar e morrer na praia, quando a gente chegar lá que é a hora de viver outra vez. A gente possui tantas maneiras diferentes de morrer todos os dias e não é o mar - nem o amor - que vai fazer a gente se afogar, ao invés disso vamos nadar até quando nossos braços não puderem mais, até nossas pernas tremerem de dor, mas só vamos parar de verdade quando nosso coração parar de bater. Nada de morrer de fome, de sede ou de qualquer outra coisa assim que chegarmos na praia, é lá que vamos viver se esse navio quebrar mas estamos apenas botando em suposição sua quebra, e se o navio não quebrar, meu bem, continue navegando até onde seus olhos puderem avistar terra! Continue, porque é preciso continuar mesmo que tudo ao nosso redor nos diga que é impossível, no amor e na guerra tudo é possível, mas não se deixa morrer ou se abater nem nesse mar, nem num riacho e nem no peito de alguém. Reme, nade, construa novas pontes e novos artifícios para que não pense em parar nem de amar e nem de remar. Porque de um jeito estranho mas muito bonito o mar e o amor estão sempre juntos: ninguém consegue descreve-los, ninguém consegue calcula-los, ninguém os entende mas todos, os navegantes e os amantes, o admiram da forma mais bonita possível. Por isso, reme e ame que é pra um dia não acordar numa ilha sem rumo e sem amor.

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