12/28/2011
E se o amor bater a sua porta, traque-a e mande-o embora.
E que Deus não me castigue pelas minhas palavras, mas amar hoje em dia é suicídio. Começo dizendo isso porque levaram-se anos até que o amor, o grande causador das minhas noites mal dormidas, batesse em minha porta com aquela cara de desconfiado. Demorou muito tempo para eu acostumar com o amor e ele comigo, às vezes a gente se desentendia e eu o culpava profundamente e ele chorava. O amor é assim: quando ele se apresenta pra você chega todo calmo, todo desconfiado, com poucas palavras e poucas ações mas com o passar do tempo você o descobre, você o despida e ele, indefeso, chora feito criança. Eu não sou muito diferente, não. Tem dias em que choro porque o meu cachorro veio deitar em meu colo sem eu chama-lo, tem dias em que choro porque existo, vai entender. Tenho um relacionamento complicado com o amor: ele insiste em dizer que preciso dele - e eu sei que preciso - e eu insisto em dizer que consigo ser feliz sozinha, mesmo sabendo que é mentira. É uma guerra de corações partidos amar. Independente de quão bom e saudável seu relacionamento com alguém tenha sido, tem sempre um que ama mais, tem sempre um que se importa mais, tem sempre um que saí mais fodido que o outro. Não seria mais fácil se tudo fosse na mesma medida? Amar igual, se importar igual, dividir igual? Mas tem sempre um que gosta de se arriscar mais. E eu já conheço o fim trágico de todos os arriscadores: morrem! Morrem de amor. Sangram por dentro. E não há nada e nem ninguém que possa cura-lo, exceto o tempo.
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